sexta-feira, 23 de julho de 2010

Etiqueta na internet










(Afonso Dantas)

Imagine a cena. Você está andando na rua ou em algum outro lugar qualquer, quando de repente aparece alguém e lhe pergunta: - Oi, você quer ser meu amigo?

A cena descrita acima pode parecer absurda, surreal, e seria de assustar, mas é o que acontece todos os dias nas redes sociais, como Facebook, Orkut e outras, febres da Internet, quando alguém que você nunca viu na vida – ou já viu, mas que não faz tanta questão de rever – de repente quer começar uma amizade com você. E ainda por cima justifica, dizendo que quer sê-lo porque conhece muita gente em sua lista de amigos, e também está na comunidade “adoro andar descalço na praia” e na “Salvador, a Roma Negra” , por exemplo, como se isso bastasse para situá-la entre seus melhores amigos do peito.

Internet já não é uma coisa tão nova. Já faz algum tempo que as pessoas convivem com esse fantástico novo Mundo, mas que – como todo e qualquer lugar no mundo – tem suas regrinhas básicas, seu manual de conduta, suas regras de etiqueta para um bom e saudável convívio.

O nosso e-mail, por exemplo, é como a caixa de correio de uma casa, e da mesma maneira que você não manda várias cartas para uma pessoa, lotando sua caixa de papéis e mais papéis, você não deve fazer isso por e-mail, só por ser bem mais fácil. É desagradável do mesmo jeito. Ou até mais.

E a exposição que se tem na internet e suas “bobeiras”, como participar de comunidades como “bebo até cair”, “Sou teimoso sim, e daí?” ou “Meu patrão finge que me paga e eu finjo que trabalho” são, claramente, apesar de a sua intenção parecer estar bem longe disso, uma declaração aberta de que você não deve estar nas melhores listas de futuros contratados de empresas grandes, pois hoje, o comportamento on-line e suas ações na vida on-line já são referências para contratações de empresas, que se valem desses locais para recrutamento também. E se você não sabia disso, ou achava isso uma bobagem, uma lenda, tá na hora de parar de achar.

Se nos relacionamentos pessoais, a etiqueta deve ser observada, nas relações comerciais isso é muito mais importante e determinante para bons relacionamentos, sejam "on" ou "off line".

Atire a primeira pedra quem nunca mandou e-mails repetidos – principalmente no início do uso dessa importante ferramenta – pois tinha dúvidas se o primeiro tinha chegado. É como o início do fax, onde se enviava um fax e depois se ligava para saber se tinha chegado bem. A confiança ainda era pouca nesses instrumentos, nessas ferramentas de comunicação. Aí lembro um velho costume que se usava antigamente: Atenção. Retorne os e-mails, por gentileza, não deixe a pessoa do outro lado ansiosa por uma resposta, principalmente se for urgente. Sei de um caso de uma grande empresa que mandou um e-mail fechando um patrocínio de um evento importantíssimo e igualmente disputado, mas inexplicavelmente o e-mail chegou depois do prazo – questão de horas - e a empresa perdeu para uma concorrente. E cabeças rolaram devido a esse - trágico para uns e maravilhoso para outros – incidente.

E a troca de mensagens instantâneas – que com o celular só cresceu – que facilita e muito as comunicações, com redução drástica nos custos? Maravilha! Mas deve ter seus cuidados, sua maneira de atuar. Muitas empresas utilizam com sucesso, e deixam seus funcionários também utilizarem. Mas, imagine outra cena. Enquanto você discute assuntos pertinentes e até urgentes pelo MSN com um cliente ou fornecedor, sua mulher ou sou seu marido fica “aparecendo” com o típico e chatíssimo barulhinho perguntando coisas simples e fora de importância, como: - Vai comprar pão? Ou alguém parece ter um ataque histérico on-line e fica “chamando sua atenção” e perguntando: - Já teve o retorno do patrocinador, já? - Responde! - Você tá aí? - Responde!

Pois é, facilita de um lado e irrita muito do outro...

E o comércio eletrônico? Esse é um dos mais complicados para se fazer se você não tem credibilidade e se você não faz direito, bem feito.

Os Spams são extremamente invasivos e chatos, uma grosseria que invade e lota sua caixa de mensagens, sem autorização, e com um volume absurdo, que faz você perder tempo deletando-os. E quando se coloca um anti-spam acaba perdendo e-mails realmente importantes, pois ficaram barrados pelo filtro, mas por não estarem cadastrados acabaram no mesmo destino das infames “anti-propagandas”. Costumo comparar o Spam ao carro-de-som, ainda tão presente nas cidades do interior e em algumas capitais do Brasil, invadindo sua privacidade, e fazendo você escutar que o mamão papaia está a dois reais o quilo, ao invés de escutar aquela notícia do jornal que te interessa ou o diálogo tão esperado do casal romântico da sua novela preferida.

Aja na vida virtual, como você agiria na vida real. E por falar nisso, quem nunca se viu na seguinte situação: A pessoa on-line, é um doce de pessoa, atenciosa, atenta, nunca se esquece de seu aniversário, te envia mensagens e mensagens de carinho, mas quando está na vida real, olho-no-olho, parece que você é um desconhecido. Tratamento é frio. Ou a pessoa nem te reconhece. Parece que o “distanciamento” das relações virtuais é melhor para alguns, que usam este escudo para se comunicar com o mundo, com bem mais sucesso do que se estivesse na “vida real”.

Vamos usar e abusar das ferramentas de comunicação, deste – faço questão de repetir – maravilhoso novo Mundo, mas não se esqueça de fazer como na vida real, antes de fazer qualquer coisa, peça licença. Se for com educação, você sempre será bem vindo.

Afonso Dantas é Administrador de Empresas com Especialização em Marketing e Sócio e Diretor de criação da Camará Comunicação Total. Blog: WWW.afonsodantas.blogspot.com e-mail: ahdantas@uol.com.br


Artigo publicado originalmente na Revista da Perini


Briefing terá maior peso na publicidade pública

Destaque está na recém aprovada Lei 12.232, cuja aplicação está em andamento


Recém aprovada pelo presidente Lula, a Lei 12.232 (de autoria do deputado José Eduardo Cardozo (PT/SP), que estabelece mecanismos específicos para a contratação de agências de publicidade pelo governo federal - deixando de lado as regras da Lei 8.666 (licitações públicas)-, está sendo implantada paulatinamente pela Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), dos ministérios às empresas estatais.

Uma delas é a alteração do Decreto nº 6.555 que dispõe sobre as ações de comunicação do Poder Executivo Federal. Outra missão da Secom é a elaboração de minuta de uma nova IN (Instrução Normativa), que substituirá a IN nº 7/ 1995. "Nessa proposta de nova IN haverá uma reformulação do item briefing, uma vez que este será o principal documento para orientar as propostas de licitação", diz Otoni Fernandes Jr., secretário-executivo da Secom.

Veja a íntegra da sua entrevista concedida por e-mail:

Como o governo se prepara para a aplicação da Lei 12.232?
Várias providências já foram tomadas, tais como: elaboração de proposta para alteração do Decreto nº 6.555 que dispõe sobre as ações de comunicação do Poder Executivo Federal; dar ciência às entidades e órgãos do Poder Executivo Federal das alterações da Lei para adequarem os editais de licitação em andamento às novas regras; orientação para adotar o procedimento de sorteio para designação de membros da subcomissão técnica para órgãos que estavam com editais já publicados, como o Ministério da Saúde e Suframa; reunião com os órgãos e entidades com contratos em execução para que se adequassem, imediatamente, à nova Lei quanto a procedimento de seleção interna para distribuição de serviços entre as agências, para aqueles que possuem mais de uma empresa contratada. Adoção de envelopes fechados para as propostas dos fornecedores quando o valor estimado do serviço de produção publicitária ultrapassar 0,5% do valor do contrato. Obrigatoriedade de divulgação de relatórios regulares de gastos executados no site de cada entidade. Os relatórios da Secom estão disponíveis no endereço: http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/publicidade/lei-no-12.232-execucao-contratual. Inclusão, nos processos de liquidação de despesas, das tabelas de descontos de mídia dos veículos contratados. Estudo para criação de um Cadastro Único de Fornecedores que centralizará os fornecedores de produção publicitária. Estudo sobre a construção de um banco de dados de servidores públicos e de empregados de estatais, com características exigidas pela Lei, para compor as listas de sorteio de subcomissões técnicas de licitação. E elaboração de minuta de nova IN (Instrução Normativa) que substituirá a IN nº 7/ 1995. Nessa proposta de nova IN haverá uma reformulação do item briefing, uma vez que este será o principal documento para orientar as propostas de licitação.

Qual será a primeira concorrência de governo com base na nova legislação?
- Ainda não há previsão. Dois órgãos, contudo, estavam com editais aprovados pela Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) durante a aprovação da Lei: Eletroacre e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Esses editais foram recolhidos para que fossem realizadas as adequações à nova Lei. É possível que estes estejam com seus processos mais adiantados em relação aos demais.

Muda o modelo dos editais, uma das principais preocupações da Secom nos últimos anos?
- Os modelos de editais utilizados pela Secom já aplicavam vários itens determinados pela Lei atual, como a adoção de envelopes sem identificação do proponente da proposta técnica, a adjudicação do objeto contratual a mais de uma agência, a seleção interna quando existente mais de uma contratada. Para a Secom, a mudança mais significativa é a alteração das fases de habilitação e julgamento de propostas, o que já ocorre, por exemplo, na modalidade Pregão Eletrônico. Como a Lei considera as especificidades da compra de produtos de comunicação, a fase de habilitação de propostas agora ocorre antes da etapa de habilitação das empresas concorrentes. Outra mudança importante é a qualificação dos membros da subcomissão técnica com exigência de sorteio para sua composição.

Como a lei de especificidade das concorrências de publicidade vai ajudar o governo na organização nos processos de seleção para contratação de agências?
As empresas e produtos contratados tendem a estar mais adequados às necessidades dos órgãos públicos no que diz respeito à sua qualidade. A Lei reconhece, por exemplo, a possibilidade de contratação de mais de uma empresa, em uma única licitação, sem que o objeto de contratação seja alterado. Isso quer dizer que os órgãos devem realizar concorrências internas entre as empresas para obter o melhor produto, num processo contínuo de disputa entre propostas de solução para os problemas de comunicação.

Com a definição da lei, como fica a questão da publicidade de governo no Tribunal de Contas da União (parecer do ministro Ubiratan Aguiar, depois de Marcos Villaça e vista de Benjamin Zingler)?
A Secom não se pronuncia sobre assunto que esteja pendente de julgamento.

por Paulo Macedo, do propaganda e marketing

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Amarok desafia:


















Com o sugestivo título: "E aí, vai encarar?", a Cristal apresenta o mais novo lançamento da Volkswagen, a Amarok, ocupando uma faixa do mercado aonde a montadora alemã não estava e já incomodando bastante a concorrência com esse superlançamento.
A criação é de Afonso Dantas e Eduardo Vieira Lima Júnior, com aprovação de Ervino Binow Jr e Fernando Aguiar. O anúncio saiu no jornal Agora.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Abertas as inscrições para o 35º Prêmio Colunistas Norte e Nordeste

Agências da região podem garantir participação até 30 de julho

A partir desta terça-feira (6) e até o dia 30 julho, as agências de propaganda sediadas nas regiões Norte e Nordeste poderão inscrever trabalhos e cases de mídia integrada no 35º Prêmio Colunistas Norte e Nordeste 2010. O regulamento do concurso, assim como o download contendo o programa de inscrição, já está disponível para os interessados no site oficial da Abracomp (Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda) promotora da premiação.

A premiação abrange trabalhos criados para as mídias impressa (jornais e revistas), exterior, eletrônica (televisão, rádio e cinema) e digital. Agências e profissionais podem acompanhar noticias sobre o prêmio, atualizadas diariamente, através do Twitter @colunistas2010.

O Prêmio Colunistas é a mais tradicional premiação de propaganda do Brasil, instituído em 1967 por Armando Ferrentini, Eloy Simões e Cícero Silveira, jornalistas que, então, escreviam colunas sobre propaganda e marketing nos jornais paulistanos. De início a premiação era restrita a São Paulo, mas, a partir de 1975 o prêmio foi regionalizado com a criação da regional Bahia – que, na década seguinte, seria ampliada para a regional Norte e Nordeste. Atualmente o prêmio abrange os 27 estados da federação, com sete premiações regionais.

O regulamento deste ano apresenta duas novidades: a categoria “Melhor comercial com produção de baixo custo” e a área de mídia: “Cases de comunicação integrada”. Segundo o coordenador regional Nelson Cadena, “os cases ampliam o conceito de campanha e permitem às agências descrever os objetivos da campanha e a estratégia”.


do propaganda e Marketing